Quem inventou essa
história de que o “amor da minha vida” é o único amor
verdadeiro?
Só porque alguns dos
nossos amores não tiveram continuidade, significa que eles eram
falsos?
Quem disse que
encontrar o “amor da minha vida” me fará eternamente feliz?
O que diabos é “amor
da minha vida”?
O que é mesmo amor?
Somente estar casado
com alguém por toda a vida significa que este é o amor da sua vida?
E ter vivido com alguém
um sentimento, momentos únicos, momentos de plenitude, em que o
tempo pára, em que a sintonia é perfeita, mesmo que por um
instante, o que é?
E ter momentos de
diferenças, dúvidas, com a pessoa que você está, significa que
não é amor verdadeiro?
Pessoas fazem loucuras
em nome do amor verdadeiro...
Pessoas sofrem
tristezas profundas e fazem sofrer ao perder o amor verdadeiro...
Pessoas vivem infelizes
porque ainda não encontraram o amor verdadeiro...
Em prol do amor, as
vezes se deixa de amar...
Amor e amar...
Sentimento e verbo...
Assim como a teoria e a
ação, nem sempre um reflete-se no outro
Alguns amores se tornam
tão maiores que nós...
Alguns amores nos
tornam tão maiores do que éramos...
Se ao invés de
procurar o amor da vida (um conceito inventado, que não
contempla a diversidade de possibilidades de relações afetivas, mas
entendido por muitos como o grande ideal, o grande objetivo)
vivêssemos sempre o amor na vida, não seríamos todos mais
felizes (e poderiamos chegar ao fim da vida e dizer que sim, não só
tivemos, mas doamos e, assim, fomos amor)?
Não é encontrar alguém que nos fará eternamente felizes... Isso não se conquista antecipadamente para a eternidade. Eternizamos-nos e à nossa felicidade quando nos encontramos a cada dia, quando vivemos o amor a cada dia e, assim, mais do que o "amor da nossa vida", um sujeito indefinido, teremos vivido o amor na nossa vida, com plenitude, inteireza e a multiplicidade que só o amor comporta.
Não é encontrar alguém que nos fará eternamente felizes... Isso não se conquista antecipadamente para a eternidade. Eternizamos-nos e à nossa felicidade quando nos encontramos a cada dia, quando vivemos o amor a cada dia e, assim, mais do que o "amor da nossa vida", um sujeito indefinido, teremos vivido o amor na nossa vida, com plenitude, inteireza e a multiplicidade que só o amor comporta.