Algumas das pessoas
mais importantes em minha vida já pensaram em se matar. Eu não pensei em
consolidar esta idéia, de fato, mas questionei por muitas vezes qual o
sentido da existência e, não tendo encontrado uma resposta, me
perguntei: para quê viver?
Pra que chorar, sorrir, viver, perder, lutar, se tudo vira pó? É comum interpretarmos situações inexplicáveis (e dolorosas) da vida como uma profunda injustiça do universo. Às inexplicáveis e boas geralmente não se sucede nenhum questionamento.
Pois é nestes que sempre consistiram as minhas mais recorrentes interrogações: por que minha família é tão boa para mim, por que conquistei um amor tão verdadeiro, por que posso trabalhar no que gosto, por que já fiz viagens tão boas, por que tenho comida e posso escolher o quê, onde e como come-la, por que visto as roupas que gosto e quero vestir, por que tenho amigos tão verdadeiros e especiais, por que consigo conquistar as coisas a que realmente me proponho, e por que nem todas as pessoas são assim.
Vem como resposta a algumas destas: porque eu busquei, enfrentei meus medos e consegui. Outras continuam sem resposta. Outras foram por acaso, se é que realmente não há uma lógica por trás de tudo. Tudo bem, você pode me dizer que as sociedades se formaram assim, e ai, o sistema político dominante tal e coisa, e o resultado disso são pessoas morrendo de fome. De comida e de desejos. De pão e de verdades.
E eu respondo: ok. Mas ainda assim, por que eu pertenço à parte correspondente às pessoas que possuem, coisas e verdades? Apesar de não possuir todas as coisas, e as verdades sofrerem constantes provações, eu as tenho e elas me têm. E sou feliz com isso. Com o que me falta. É como uma criança, que ao viajar de carro com os pais pergunta: "pai, falta muito?"
É o que falta que me faz andar. É o que falta aos outros que me dá a direção de onde ir. Me dá sentido. Responde às minhas perguntas. Se tenho, é porque tenho a dar.
25 de janeiro de 2008
Pra que chorar, sorrir, viver, perder, lutar, se tudo vira pó? É comum interpretarmos situações inexplicáveis (e dolorosas) da vida como uma profunda injustiça do universo. Às inexplicáveis e boas geralmente não se sucede nenhum questionamento.
Pois é nestes que sempre consistiram as minhas mais recorrentes interrogações: por que minha família é tão boa para mim, por que conquistei um amor tão verdadeiro, por que posso trabalhar no que gosto, por que já fiz viagens tão boas, por que tenho comida e posso escolher o quê, onde e como come-la, por que visto as roupas que gosto e quero vestir, por que tenho amigos tão verdadeiros e especiais, por que consigo conquistar as coisas a que realmente me proponho, e por que nem todas as pessoas são assim.
Vem como resposta a algumas destas: porque eu busquei, enfrentei meus medos e consegui. Outras continuam sem resposta. Outras foram por acaso, se é que realmente não há uma lógica por trás de tudo. Tudo bem, você pode me dizer que as sociedades se formaram assim, e ai, o sistema político dominante tal e coisa, e o resultado disso são pessoas morrendo de fome. De comida e de desejos. De pão e de verdades.
E eu respondo: ok. Mas ainda assim, por que eu pertenço à parte correspondente às pessoas que possuem, coisas e verdades? Apesar de não possuir todas as coisas, e as verdades sofrerem constantes provações, eu as tenho e elas me têm. E sou feliz com isso. Com o que me falta. É como uma criança, que ao viajar de carro com os pais pergunta: "pai, falta muito?"
É o que falta que me faz andar. É o que falta aos outros que me dá a direção de onde ir. Me dá sentido. Responde às minhas perguntas. Se tenho, é porque tenho a dar.
25 de janeiro de 2008
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