domingo, 2 de dezembro de 2012

O amor Na minha vida


Quem inventou essa história de que o “amor da minha vida” é o único amor verdadeiro?
Só porque alguns dos nossos amores não tiveram continuidade, significa que eles eram falsos?
Quem disse que encontrar o “amor da minha vida” me fará eternamente feliz?
O que diabos é “amor da minha vida”?
O que é mesmo amor?

Somente estar casado com alguém por toda a vida significa que este é o amor da sua vida?
E ter vivido com alguém um sentimento, momentos únicos, momentos de plenitude, em que o tempo pára, em que a sintonia é perfeita, mesmo que por um instante, o que é?
E ter momentos de diferenças, dúvidas, com a pessoa que você está, significa que não é amor verdadeiro?

Pessoas fazem loucuras em nome do amor verdadeiro...
Pessoas sofrem tristezas profundas e fazem sofrer ao perder o amor verdadeiro...
Pessoas vivem infelizes porque ainda não encontraram o amor verdadeiro...

Em prol do amor, as vezes se deixa de amar...

Amor e amar...
Sentimento e verbo...
Assim como a teoria e a ação, nem sempre um reflete-se no outro

Alguns amores se tornam tão maiores que nós...
Alguns amores nos tornam tão maiores do que éramos...

Se ao invés de procurar o amor da vida (um conceito inventado, que não contempla a diversidade de possibilidades de relações afetivas, mas entendido por muitos como o grande ideal, o grande objetivo) vivêssemos sempre o amor na vida, não seríamos todos mais felizes (e poderiamos chegar ao fim da vida e dizer que sim, não só tivemos, mas doamos e, assim, fomos amor)?

Não é encontrar alguém que nos fará eternamente felizes... Isso não se conquista antecipadamente para a eternidade. Eternizamos-nos e à nossa felicidade quando nos encontramos a cada dia, quando vivemos o amor a cada dia e, assim, mais do que o "amor da nossa vida", um sujeito indefinido, teremos vivido o amor na nossa vida, com plenitude, inteireza e a multiplicidade que só o amor comporta. 

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