terça-feira, 25 de junho de 2013

Acreditar, ser, FAZER

Vivemos mais de 5 séculos de exploração e roubalheira... A saúde está um caos há quantos anos? E a educação? E a segurança?
Acho ótimo, valido e participei das manifestações ocorridas, mas não é ingênuo demais (pra não dizer ridículo) esperar de um pronunciamento a resolução de todos os problemas do nosso país (que já existiam muito antes de dois anos atrás...)?
Pela primeira vez fomos as ruas em tão grande número, em tantas capitais... Mas ser CIDADÃO não termina em exigir os direitos e exigir uma política de qualidade!

A política está em cada ato nosso e me arrepio quando ouço alguém dizer que odeia política, que não se envolve com política e que se pudesse não votava... (Ah! por sinal, acho que ninguém gosta mais desse posicionamento que os políticos corruptos).

Estou realmente muuuito feliz com as manifestações, com a presença das pessoas nas ruas e o apoio ao movimento. Sim, chegou num ponto que ninguém aguenta mais. Mas não sejamos meninos mimados, que choram no shopping porque querem tudo e querem agora, e o pai que se vire para conseguir.

Vamos continuar! Se acordamos, se nos mexemos, não é pra agora ficar só choramingando contrariados com os limites do pai (ou da mãe) que está fazendo algo diferente do que queremos...

Uma atuação política e cidadã efetiva de todos, considerando também os nossos DEVERES, são necessários para que haja mudança e para que esta se perpetue...

Não gosto de ser vítima, não gosto de desculpas, não gosto de acreditar que o meu país não muda por causa de um governante. Se eu concordo ou não com a sua postura e as suas escolhas é o que menos importa, isso jamais mudará a minha ação, o que eu acredito, e a minha vida, que é única, neste mudo.

Acordar não significa exigir apenas, significa fazer!

E se estamos longe do que queremos, é pq nos mantivemos longe do que acreditamos!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Educar é viver

Educar não tem nada a ver com dinheiro. A vontade de investigar, de descobrir, de aprender (quando existe) independe das condições de infraestrutura, tem muito mais a ver com a Relação estabelecida entre pessoas (que nem sempre são professor e aluno). Mas estudar em nossa sociedade virou simplesmente uma questão mercadológica, para fazer um vestibular que exige mais memória e repetição do que criticidade e criatividade.

Estudar para aprender algo que alguém há muito tempo atrás disse que era necessário saber, desconsiderando os desejos, demandas e descobertas atuais, vai fazer sentido para quem? Pode até ser que existam coisas que todos nós devemos saber, mas o que sempre me quis fazer estudar não tem nada a ver com o que estava determinado previamente nos livros...

Dinheiro pra educação já não falta a algum tempo, não é com o Pré-Sal que as coisas vão mudar...

É preciso redescobrir o prazer que existe em descobrir o mundo que nos cerca. É preciso que as nossas diferenças (de história, de vida, de jeito de ser, de curiosidade, de potência) possam ser colocadas nas relações que tivermos, para que assim, nos tornemos ainda mais complexos... É preciso parar de nos colocarmos como vítimas e assumirmos as rédeas da nossa história, das nossas escolhas, da nossa profissão... Exercê-la não só como forma de garantir nosso sustento, mas considerando-nos parte do funcionamento da nossa sociedade (o difícil é que, na maioria dos casos, terminamos atuando não para garantir um bom funcionamento social, mas para alimentar os bolsos de uns poucos que se apropriam do que temos mais belo enquanto humanos: a capacidade de transformação do nosso meio, o nosso trabalho... E, dado o caráter inesgotável na busca por lucros pessoais, destrói a nossa vida e a natureza que nos dá a vida).

Não adianta colocar mais dinheiro na educação se ela continuar servindo apenas como prévia a um trabalho que tem o lucro (dos outros) como único sentido...

Acho sim, que educar tem relação com o direito à vida, de todos nós, e ai sim, acredito que a segurança está intrinsecamente ligada à educação. A segurança de nos reconhecermos como iguais e não como ameaça. A segurança de poder ir e vir. A segurança de ter onde morar, o que comer, de ser saudável e de ter boas relações. A segurança de poder descobrir e exercer o que se tem habilidade e o que se gosta de fazer.

Ai sim, a vida volta a ter sentido de ser vivida e reacende-se o desejo de que seja conhecida, descoberta e transformada.